IPREVIM  Nova Resende MG

História da cidade

Na região onde hoje se encontra o Município de Nova Resende havia um aglomerado composto por casas de pau-a-pique e cobertas de folhas de coqueiro. No início do século XIX, por volta de 1801, o povoado foi visitado por mineradores que vinham de Goiás e Carmo do Rio Claro. Eram eles Antônio de Magalhães e João Pinto de Magalhães, respectivamente. Também foram os primeiros moradores da região o capitão Damasiano Ferreira, o Coronel João Gonçalves de Rezende e o Capitão Joaquim de Souza Vieira.
         Nesse período, o povoado começou a se desenvolver e as primeiras medidas para o melhoramento das condições de vida da população foi a construção de uma capela para dar assistência espiritual às pessoas que ali moravam. A capela teve seu pedido de construção enviado para São Paulo em 04 de janeiro de 1823. Foi construída no local destinado pelos doadores das terras e nela foi colocada a Imagem de Santa Rita encontrada na região. Em torno da capela cresceu o Povoado de Santa Rita, também conhecida como Santa Rita Velha.
         Em 1824, no dia 18 de novembro, foi realizada a provisão de benção e a celebração da primeira missa da Capela de Santa Rita. Dezessete anos depois, em janeiro de 1841, a capela foi elevada a condição de Capela Curada 1 passando a ter um vigário responsável pela mesma.
Em 1849 foi publicada a lei n.º 452 de 20 de outubro. Nela determina-se que o curato de Santa Rita, São Joaquim de Dores do Guaxupé seriam desanexados da freguesia de Jacuí, passando a pertencer ao termo de Cabo Verde. No entanto, em 1850, a lei n.º 472 suprimia a vila de Cabo Verde, e os territórios que a compunhavam voltaram a pertencer às suas antigas sedes, voltando a pertencer a Jacuí o curato de Santa Rita.
A população de Nova Resende foi elevada à condição de freguesia por meio da lei n.º 1292 de 1886. Recebeu o nome de Santa Rita do Rio Claro, pertencendo ao termo de Jacuí. Em seguida, a Capela de Santa Rita foi elevada a Matriz. O Cônego Fernando Augusto de Melo foi o primeiro vigário. No mesmo ano, a região foi instituída como Paróquia de Santa Rita.
         Outra mudança ocorrida no município ocorreu em 1870, pela lei n.º 1713 de 5 de outubro, pois a Freguesia de Santa Rita do Rio Claro foi desmembrada do termo de Jacuí e incorporada a passos, Cinco anos após essa determinação, outra lei elevou a freguesia de Carmo do Rio claro a condição de vila, subordinado a freguesia de Santa Rita do Rio Claro a nova vila. A região pertenceu a várias vilas durante o século XIX: a Jacuí até 1870, Passos até 1875, Carmo do Rio Claro até 1879 e Cabo Verde até 1888, voltando a pertencer a Passos até 1901, quando foi elevada a vila denominada Nova de Rezende. Isso se justifica, pois durante o período imperial, os critérios utilizados para a definição de vilas, freguesia e cidades estava ligado ao desenvolvimento eclesiástico a qual o local estava submetido. 
         A província mineira, desde a decadência da mineração ainda no século XVIII, foi dominada pela produção doméstica, vendendo-se na própria região a produção de gado, porcos, milho, mandioca, farinha e aguardente. Apenas as zonas da Mata e Sul de Minas, dedicadas à cafeicultura, apresentavam um maior dinamismo. Essa região era dominada pelas fazendas, que ocupavam 96% do território mineiro e absorviam 79% dos escravos da Província. A parte da província mais próspera era a região cafeeira que compreendia a Zona da Mata e do Sul de Minas, responsável pela maior parte da arrecadação de impostos. Nova Resende situa-se neste contexto. Economicamente, era voltada para a cultura de café. Devido à grande produção, a região ficou conhecida na época como Santa Rita do Café e Santa Rita dos Cafezais. 
A partir da Proclamação da República (1889) a elevação do município passou a ser definida por lei civil que desvinculava de qualquer definição estabelecida pela Igreja. Com isso, a condição eclesiástica (curato, freguesia e paróquia) não definia sua condição para o Estado brasileiro. A criação do município de Santa Rita do Rio Claro (atual Nova Resende) foi realizada no início do período republicano.
         Em setembro de 1901 Santa Rita do Rio Claro foi desmembrada de Passos e elevada a Município de Vila Nova de Resende, composto pelos distritos de Santa Rita e São Sebastião de Ventania, com sede em Santa Rita. A instalação oficial do Município aconteceu em 2 de janeiro de 1902. Quando foi criada a Câmara Municipal, tendo como primeiro Presidente e Agente Executivo o Major Candido Carvalho de Rezende. E em 1925 o Município foi elevado a cidade, já com o nome de Nova Resende. 
         A elevação do termo judiciário de Vila Nova de Resende deu-se em 1915 pela lei n.º 663 de 16 de setembro. Dessa forma, Vila Nova de Resende ficou subordinada a Comarca de Passos. A partir de então, foram criados os primeiros cartórios da vila.
         A mudança para a atual denominação do Município ocorreu em 1923 pela lei de 7 de setembro de mesmo ano, que previa a mudança de nomes, o município de Vila Nova de Resende passou a ser chamar Nova Resende.
         Com a municipalização do Distrito, a cidade adquiriu personalidade jurídica, autonomia política e capacidade processual na composição do governo administrativo. Ademais, desde a promulgação da lei estadual que reconhece a nova entidade municipal, todas as rendas e bens públicos locais passam a pertencer ao Município. 
         O povoado cresceu tornou-se distrito, se desenvolveu transformando-se em freguesia pouco depois se fez vila, depois município, o que era apenas um aglomerado de casas de pau-a-pique tornou-se um cidade forte de um povo trabalhador que em cada atitude faz acontecer a nossa história, a história de NOVA RESENDE.

Geografia 
Sua população atual é de 15.624 habitantes. Localizada na Zona Sul do Estado de Minas Gerais, a sede municipal situada a 1.250 metros de altitude, é determinada pelas coordenadas geográficas 21º07'30" de latitude sul e 46º25'15" de longitude oeste.
O aspecto geral de seu território é montanhoso porém não impede a prática da agricultura e pecuária, sendo a cafeicultura o maior potencial na agricultora. Da sua hidrografia faz parte os rios Claro e São João que banham a cidade e ainda o ribeirão Conquista.